23 de maio de 2011

MEDIUNIDADE E A UMBANDA


Não é fácil ser médium e mais difícil ainda é ser médium de Umbanda.

A mediunidade é o elo de ligação, o caminho e a meta das pessoas possuidoras desse dom.

E longe de ser um instrumento passivo, o médium, como mediador que é, tem o dever de buscar o auto-aprimoramento e a reta conduta pois, esses são os sintonizadores maiores da mediunidade.

É como disse o mestre:

"Uma árvore má não pode dar bons frutos"… e é plantando que se colhe, ou seja, nossas afinidades refletem o nível e o tipo de espíritos que atraímos para nosso campo mediúnico.

Sabemos o quanto é penoso o caminho da matéria, quantos pseudo-atalhos existem no caminho da evolução, incontáveis atalhos que não levam a lugar nenhum e, para conseguirmos uma sintonia fina com "canais" superiores precisamos de três coisas básicas: humildade, simplicidade, e pureza de pensamentos, sentimentos e ações.

A primeira vista parece simples, mas quando pisamos no chão, nos damos conta de nossa fraqueza que, nos atira a caminhos escuros e incertos.

Então, só apelando para o Astral superior é que conseguiremos trilhar o verdadeiro caminho da espiritualidade pois, se estamos fracos, nossa fé verdadeira pautada pela razão nos libertará.

E gradativamente conquistaremos e domaremos o nosso pior inimigo que, está em nosso íntimo.

Ainda, em termos científicos podemos definir a mediunidade como um aumento variável da percepção extra-física ( PES ), causada por modificações e acréscimos energéticos nos chacras de determinadas pessoas, e ressaltamos que esse processo ocorre antes de encarne ou seja, a nível Astral.

Essas pessoas, os médiuns, possuem o dom mediúnico por terem missões kármicas dentro do movimento espiritualista.

A palavra mediunidade significa modo, meio de manifestação, ou intermediação.

E partindo do fato de que a mediunidade está vinculada a missões definidas, não é correto afirmarmos que todas as pessoas são médiuns;

Podemos dizer que todos são suceptiveis à influências espirituais mas, isso não é mediunidade.

Saibam também que existem diversas formas de mediunidade, tais como: a clarividência, a clariaudiência, vidência etc.

E existe uma forma de mediunidade mais acentuda, a mais utilizada na Umbanda, que é a mediunidade de incorporação.

O médium de incorporação é aquele que além da ligação e proteção da corrente espiritual de sua vibração original ( Orixá ), possui uma forte ligação com determinadas entidades espirituais.

Essa ligação vem de ligações kármicas e do acordo firmado no plano Astral, pelo próprio médium antes de seu reencarne, onde o mesmo se compromete a trabalhar pela causa espiritualista em determinado movimento ou culto.

Por essa razão que ouvimos pessoas dizerem que foram falar com a entidade tal, e ela lhe aconselhou para que vestisse a roupa branca, ou seja, que assumisse sua missão mediúnica.

Vocês que passaram por isso, se conversaram com "entidades de fato" e foram chamados para o trabalho, não percam tempo.

Procurem um templo que mais se afinize com suas idéias e assumam seu compromisso que, certamente serão mais felizes e realizados.

Dentro da mediúnidade de incorporação existem três tipos básicos de atuação que carcterizam graus kármicos e de consciência, expressos nos médiuns de karma: probatório, evolutivo, ou missionário.

Os médiuns de karma probatória se afinizam e trabalham com entidades no grau de protetores.

A maioria de nós está nessa condição e utiliza o caminho da mediunidade como apaziguador para débitos kármicos antigos.

Há também, os médiuns de karma evolutivo se afinizam e trabalham com entidades no grau guia, eles possuem um mediunismo mais apurado com possibilidades de desenvolver a clarividência e a clariaudiência, na depêndencia da função desenpenhada, a qual lhe foi confiada no astral.

Por fim, existem raros médiuns no grau de missionários, eles são mestres com grandes missões junto a coletividade a qual pertencem, e se mediunizados podem contactar e manifestar entidades no grau de Orixás Menores.

Eles possuem vários dons mediúnicos, associados a um grande conhecimento, adquirido em encarnações pretéritas, e alicerciados pela luz do amor e da sabedoria que só raras pessoas possuem.

Enfim, independente do grau ou atividade mediúnica, todas as entidades espirituais trabalham e todos os médiuns estão aptos a desenvolver também, importantes trabalhos que contribuirão para evolução mundial.

Se cada um fizer sua pequena parte, por amor, teremos um mundo bem melhor porque o futuro realmente depende de nós !


A Ética na mediunidade


O médium como elo de ligação entre o visível e o invisível, deve se preocupar em manter a serenidade mental no seu dia a dia para que pensamentos difusos são sejam cultivados porque promovem uma sintonia com entidades espirituais de baixa estirpe moral.

E como médium devido sua abundante energia é alvo dos mais atrozes ataques provenientes do baxio astral desencarnado e encarnado, ele deve procurar manter um nível de pensamentos salutares procurando seleciona-los em companhia de pessoas de boa índole ( dize-me com quem andas, que eu te direi quem és ! ), para que sua corrente mental o proteja das ações do baixo astral, para que sua boca pronuncie palavras limpas, e para seus ouvidos ouçam palavras harmoniosas porque é de nossa boca que emana aquilo do que nosso coração está cheio.

E nesse ponto salientamos que, é também pela boca que ingerimos os alimentos, logo, esses alimentos também devem ser selecionados para que a harmonia impere em nosso organismo como um todo.

Sabemos que a abstenção do consumo de carne vermelha pelos médiuns umbandistas têm que ser controlada porque somos alvos de ataques constantes e necessitamos de um sustentáculo material mais robuscado ( mais proteína ) porém, pensamos que ao menos a carne de porco pode ser suprimida de nossa alimentação com racionalidade.

Irmãos, a alimentação constitue um fator decisivo na atuação mediúnica porque quando ingerimos carne, quando comemos em excesso ou ingerimos álcool, o nosso organismo sofre alterações químicas que além de estimularem o animismo vicioso através da ligação instintiva intensa, ainda promovem uma eliminação via hálito e suor que, pode prejudicar os consulentes em uma consulta mediúnica.

Por todos esses fatores é que ao menos no dia da sessão de caridade, devemos nos abster de carne, de álcool, e até a diminuição do fumo por parte de quem cultiva esse infeliz hábito é aconselhável porque, o fumo carreia toxinas que dificultam a fluência energética no nosso organismo, bem como obscurecem nossa sensibilidade às vibrações superiores emanadas por nosso mentor espiritual.

Muitos devem estar fazendo a observação de que os as entidades de Umbanda utilizam o fumo e o álcool em seus trabalhos porém, ressaltamos que elas utilizam esses elementos justamente como amortecedores de cargas oriundas de baixas vibrações e que quando desencorporam, minimizam a atuação negativa dessas substâncias no corpo físico do médium e isso explica o motivo de muitos médiuns que atuam frequentemente em ambientes hostis com trabalhos pesados, ingerirem álcool (marafo) em quantidade e depois que desencorporam não apresentarem efeitos desse elemento; Isso quando incorporam de verdade...

O médium no dia que vai atuar mediunicamente ainda deve se abster de sexo para preservar sua vibração original, o que será positivo no contato mediúnico pois, o sexo une dois seres a níveis mais sutis do que o físico.

Respeitamos na Umbanda, uma grande legião de companheiros muito respeitáveis, consagrados à caridade que Jesus nos legou, grandes expositores da mediunidade, da mediunidade que auxilia, alivia o próximo.

Credores da nossa maior veneração, conquanto estejamos vinculados aos príncipios codificados por Allan Kardec, de nossa parte. "

do livro: Dos hippies aos problemas do mundo - Chico Xavier )

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